Ainda esta comigo
em algum canto
o teu burguês sorriso
que um dia achei lindo
o teu passo sonso
o teu siso no olhar
Em alguma tábua de salvação
da memória, em fios embaranhados
estão aquelas palavras ditas
as malditas palavras
as não ditas
cuspidas, banidas e cheias
de adeus, adeus e adeus
Em algum canto daquela casa
estão presas e pregadas à parede
carcomida do corredor
Que gemem à noite, todas as noites
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário