quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Crenças

Eu acredito em mim
acredito na confiança
Acredito na inocência das crianças
acredito em um tal Deus
Acredito na ciência
mesmo que agora venham me dizer
que o conceito de planeta deve ser repensado

Acredito na força da gravidade
acredito que haja vida em Marte;
acredito também que Saturno
seja feito basicamente de gás e poeira
mesmo que la nunca tenha ido
mesmo que meus olhos de lá nunca e nunca
virão ou nem ser quer viram.

Acredito que a musica possa elevar o espirito
e fazer as nossas vidas mais alegres e leves
diminuindo a dor e o sofrimento do dia-a-dia
Acredito na Aspirina
que cura tudo desde a gripe, dor de dente e câncer
acredito no gosto bom de uma risada
e porque nao em destino, ja que acredito em tudo
o que meus olhos veêm e meu ser capta

Enfim acredito no que posso ser feito e vivo
crendo que direito é correto e legítimo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A conquista do Espelho

Eu roubei esses versos
Como quem rouba pão
Com a mão urgente
Com urgência no coração
Eu contei estórias
Inventei vitórias
Como quem tem preguiça
Como quem faz justiça
Com as próprias mãos
Eu roubei quase tudo que eu tenho
Só pra chamar a atenção
E, quando cheguei em casa
Vi que lá morava um ladrão
Eu perdi quase tudo que eu tinha
A paz A paciência A urgênciaque me levava pela mão

Uma noite interminável
Numa cela escura!!! sentido !!!...
...Censores sem poder de censura
O ruído dos motores
Numa sala de torturas....
Censores sem talento
Sensorial...

Nunca mais saiu da minha boca
O gosto amargo da palavra traição
Nunca mais saiu da minha boca
Nenhum elogio a nenhuma paixão
Uma noite mal dormida
Um país em maus lençóis
Sem sono
Sem censura100% de nada não é nada:
É muito pouco
Sem sono
Sem censura100% de nada não é nada:É muito pouco

Gemidos

Ainda esta comigo
em algum canto
o teu burguês sorriso
que um dia achei lindo
o teu passo sonso
o teu siso no olhar

Em alguma tábua de salvação
da memória, em fios embaranhados
estão aquelas palavras ditas
as malditas palavras
as não ditas
cuspidas, banidas e cheias
de adeus, adeus e adeus
Em algum canto daquela casa
estão presas e pregadas à parede
carcomida do corredor

Que gemem à noite, todas as noites

Paixões

As paixoes e as manhãs
são traiçoeiras. Às vezes
trôpegas, nem sempre inteiras,
mas sempre sijeitas
a pancadas ocasionais

As paixões, feito as manhãs
são imperfeitas: nascem dos
sonhos, dos soluços, dos defeitos
Manhãs são loucos vendavais
paixões são arranhar de peitos

As paixões são matinais
em turvas noites. Um dia ruim
no outro sorte. E quase sempre
guerra santa, estiletes, punhais
geladas madrugas

Calos sangrando depois da jornada.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Vida Paralela (parte II)

Estou indo ao encontro
Ao encontro de algo que não sei
Espero não me perder

Estou esperando algo extraordinário
acontecer, pode ser por acidente,
enquanto isso, vou vivendo...

Vida Paralela

Todos são engraçadinhos
e gozadinhos
e há os sádicos
A depressão como conteúdo
Uma forma paralela

-Ah querida, a vida é mais
E é para lá que vou

As suas formas ecores
não estendo tapete
Agora vejo o medo nos seus olhos
Nessa vida paralela vaguei
e deitei após beber
Confesso que esses são os reis que voce sonha
Seu esconderijo mágico
não posso entrar e nem quero
sou o incredulo, o cretino
o que nao presta, revogando o direito de viver

Vem

Abre os olhos
e venha ver
Sua mãe já esta esperando
o bolo esta quente

Lindo, é lindo tudo isso
Lindo, lindo meu menino

E todos os dias
e todas as noites

Ah! eu já posso ver
e crer

Você crescendo brincando no parque
Se lambusando com o sorvete
Vamor sorrir
oh meu filho
você é ouro
e todas as histórias que eu conto
é pra voce dormir

Vem comigo
pegue nas minhas mãos
eu não deixo você cair

Ponta

Em cada ponta
da faca
da taça
em cada ponta da cruz
em cada ponta do coração
em cada ponta da vida
da ponte
em cada ponta do fio
da corda

Em cada ponta fica um tudo...

Desilusão

A desilusão nunca me desiludiu

É sempre fato: quando
estou entregando a minha alma,
ela me enfia a faca!

Por isso, você medusa
ser intruso
me persegue

Desilusão que brilha em um dedo,
que fica em um beijo
um abraço...
Até mesmo em olhares cruzados

Sentimento contido com ódio

Viver para quem já vivi

Se valer

Desde que fique a imagem...
então vai valer a pena,
apenas isso

Minha Cara

minha cara de eufória
não demostra as minhas tristesas,
nem meu pouco dinheiro
nem meu ódio

minha cara de eufória
custou minha vida
nos tremores dos sons
e escondeu o mundo existente
dentro de mim

Saindo das Cinzas

Escrevi no tempo
talvez seja por isso que me perdi nele

Sonhei com a dúvida
talvez seja por isso que hoje ando ajoelhado

Vivi com mentiras
talvez seja por isso que morri

O vento passou, congelou
sobrou lembranças e um pouquinho de medo
olhei para trás e via a paissagem
a ponte à morte
os significados tortos
a escrita o sonho da vida
e um brincar de ser poeta

Hoje renascir...

Fórmulas

Dividamos o mundo em pedaços

ao fazermos isto observamos

como um todo

Para que possamos encaxa-lo

no todo fragmentado



Observamos uma complexidade

inesperada e envolvente

patrocinada por delírios diferentes

Questionamentos surgiram

mas as palavras desfrigurarão...



Tal à mostra nos permite

compreender que fórmulas

matemáticas, físicas, químicas

ou até mesmo geográficas

fazem parte de tal diâmetro



Isto tudo é indiferente

no contexto do sentimento

ao compasso de executarmos

descrição descritiva na poética analítica

sem o questionamento da fragmentação evolutiva.

Egocêntrico

Sou poeta menor, perdoe-me...
sou menor do que o próprio menor poeta
sou mediocre no que faço

Mas não faço poesia para lhe agradar
nem tão pouco para rimar
Não faço poesia para revigorar seus sentimentos

Ora! faço poesia

Não quero poesias já ditas
nem tampouco as não ditas

Quero o bumbo esticado
o martelo agalopado
soltando facetas que não compreende





Faço-as para mim


somente isso...

Analisando as Sobras

Vou viver o vazio que me resta
Vou comer o resto
Vou sentir as sobras do amor
Vou ter a última chance de vencer
Vou deitar na cama mais fria que existir
Vou beber o copo de salivas
Vou desperdiçar o último respiro
para tentar lhe beijar